domingo, 20 de março de 2011

Marcos e...Marcas

Escrita em qualquer lugar, em qualquer dia, por qualquer um... Nunca entregue...por qualquer motivo...

Marcos,

Se um dia você chegar a ler esta carta, é porque realmente despi-me de todo orgulho e de todo querer.
De todo orgulho pra poder lhe dizer tudo o que penso. E de todo querer para enfim me libertar.
Vejo esta carta como alforria, para mim e para você.
Não temos tanta culpa das coisas terem acontecido da forma que aconteceram, como achávamos antes.
Já não tenho mais mágoa, já posso ouvir seu nome sem coçar as mãos com vontade de apertar seu pescoço.
Abri mão das frases que me magoaram, do seu egoísmo e do que um dia achei que fosse amor. Sim, do que pensei que fosse amor. Da dependência que senti, mas não por você, por alguém. Amor é algo muito diferente, mas não quero falar sobre isso.
Não quero guardar de você a imagem de alguém que não soube ver quem realmente sou. Alguém que se preocupou com as coisas desnecessárias antes de tempo.
Tudo o que eu levar em mim será pra me fazer sorrir, lembrar e até sentir saudade. Eu disse saudade... e não vontade.
Vou lembrar do nosso céu azul-cinzento-esverdeado dos dias nublados. Do céu laranja-vermelho-rosado-amarelo-esbranquiçado dos dias bonitos. Dos momentos de confabulação...Do nosso cantinho... vendo as ondas... e as "bacias de cabeça para baixo no Niemeyr".
Coisas simples, singelas e eternas...
Poderia citar tantas outras, mas você as conhece tão bem quanto eu.
O nosso "último romance", não foi de fato o último de nossas vidas, mas foi o último de uma etapa.
Talvez, eu leve uma bagagem muito maior dessa nossa história. Leve a felicidade por atravessar a Guanabara só pra ver teus olhinhos. Leve as risadas que dei todas as vezes em que tive que te convencer de que a culpa de chegar atrasada não era minha. Leve tuas citações e músicas perfeitas pra todo momento...
Por mais que você diga que não, ou não diga, sei que o que aconteceu, não foi assim só pra mim. Afinal, fiz um "ser chatinho" e que não gostava de  celular, dormir com o aparelho ligado todos os dias... Só pra ver as mensagens que religiosamente lhe enviava todas as madrugadas. Te fiz rir das minhas babaquices, das "frases feitas" dos programas da televisão e até das músicas que cantava errando a letra. "Entendeu?"
Foi bom ver tua alegria pueril nas "Terças Insanas" e até nos momentos de "Quinta Categoria"... E sabe ...apesar de tudo... Não vou me lamentar mais, chorar mais... Acabou... E se não esqueço esses bons momentos... É porque fomos verdade...
Só posso te dizer que... Os Marcos vão... as marcas ficam...
E ficarão...


8 comentários:

Filologicamente falando... disse...

Senhorita, que ar vanguardista de quinta é este? Terça quero te ver em meu gabinete.

Magaly Santos disse...

Aaaaaaaaah *-* (suspiro) rs

Por que as marcas não se vão com o Marcos?
Ou com os falecidos dessa vida? rs

Lindo, Minha Keka!
Como sempre, arrasou!!!
Amo tu!

Bia Brum disse...

Amiga arrasou no trocadilho!
E esse Marcos aí, quem é?

Beijos

Yohana Sanfer disse...

Ual, que lindo moça! Vim agradecer teu elogio ao meu texto mas acabo de ver que tenho mais que isso a fazer! tenho tb que te parabenizar pelo teu!
Sabe, eu mesma poderia endereçar este texto a "alguem"...rs...pois todo mundo que tem alguem que vai e deixa marcas boas como um pôr-do-sol, merece ser lembrado....saudades, não vontades como você bem disse! Gostei muito do teu post e essa foto me deixou uma curiosidade.....será que somos vizinhas????rs
Bjs e seja sempre bem vinda em meu blog!

Bruno Abreu disse...

"E pobres destes rapazes que tentam lhe fazer feliz"

Anônimo disse...

Adorei o blog. Muito bom!

Renata Costa

Mansuária de Araujo disse...

Queridos, obrigada pelo carinho!!
Quem é Marcos? Um verbo, um substantivo, um adjetivo...depende do ponto de vista.
As marcas que ficam são as essenciais... Só isso!!

Beijinhos!

Aline disse...

Tem um texto da Martha Medeiros que diz que deveriamos aprender a lembrar certo.
Na maioria das vezes lembramos errado.

O bom mesmo é lembrar do Marcos e das marcas como uma prova, que vivemos e fomos felizes.

Fomos e somos.