sábado, 30 de outubro de 2010

Carnaval Eleitoral

Não sou do tipo alienada aos acontecimentos políticos, nem tampouco "corro pra ver a banda passar".
Acredito sim, que apesar de tudo o que é noticiado diariamente nos jornais, revistas e afins existam pessoas éticas, que "ainda" buscam o tal "progresso do país". Ter "boa vontade" também ajuda. Difícil (pra não dizer... quase impossível) é saber em que lugar essas pessoas interessadas estão.
Véspera de eleição: exercício da cidadania, cumprimento das obrigações, compromisso para com a Nação! Será?!
Trios elétricos, marchinhas, palhaços, aglomeração nas ruas.
Juro que se não fosse pelo excesso de papéis e números, acreditaria estar em pleno carnaval.
Toda a gritaria, algazarra, desprendimento. E as figuras?
Ah! As figuras!
As "figuras" me fazem esquecer ainda mais que o período vivido é o eleitoral. Falta de qualquer coisa que se espere, de postura, de propostas.
O tema do samba-enredo a meu ver seria: "A culpa é do vizinho".
Tanta baixaria, tanta acusação, especulação. Por vezes pareço estar num ringue sangrento, mas em maioria...me sinto num circo!
Isso mesmo! Num circo!
Hoje aplaudimos aos 'palhaços que dançam"... amanhã, seremos os palhaços a dançar!
O importante é ponderar. Não se vender. Não se render!
O voto é obrigatório, mas é secreto.
Votar é dever, mas meu pensamento é livre.
Não estou escrevendo com a pretensão de induzir ninguém a nada! Pela mãe do guarda! Pobre de mim!
Sinto apenas a vontade latente de ironizar, digo, analisar este "momento lindo".
Vamos lá, galera!!
Abarrotar as zonas eleitorais, exercer nosso direito...e só depois... SÓ DEPOIS...aproveitar o feriadão!!

Bem... Finalizando... Gostaria de dividir com vocês a reflexão filosófica que faz parte do meu atual estado de espírito... E que enche de frescor a minh'alma:

Não sei se subo a SERRA...ou se desço DILMA vez!

Rá!!

Positividades!

Mansuária Brasileira de Araujo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Notícias Urgentes

Entrou em casa sufocada por si mesma.
Abriu o jornal do dia.
Leu sobre seu time que havia empatado no dia anterior, viu a pesquisa eleitoral, mortes, planos de governo...
Mudou de caderno.
Analisou a situação da menininha que não tinha filhos, mas queria pensão... mergulhou no tédio.
Procurou algo neutro.
'Inflação a menor dos últimos anos"
"Geração de empregos bate recorde"
"Analfabetismo com menor índice da história".
Não se sentiu feliz...nem triste. No máximo...Egoísta.
Tanta coisa acontecendo no mundo.
Tanto desamor.
Desgraça.
Desengano.
Tanta gente nascendo, casando, morrendo...
E ela ali, sozinha. Mergulhada num poço de egoísmo e amargura.
Imaginando quais seriam suas próprias manchetes.
Idealizando sonhos realizados, sorrisos largos e uma vida perfeita.
Doce ilusão. "Imaginismo" exacerbado de uma mente vazia.
Percebeu que chovia.
Correu para o quintal.
Sem pensar em nada, caiu de joelhos e chorou.
Suas lágrimas quentes misturavam-se à frieza das gotas de chuva.
Sorriu por chorar.
Naquele momento entendeu que não estava vazia por completo.
Que ainda restava nela um fio de humanidade.
Ainda que fosse o simples fato de chorar.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Vinte e Três

De forma sútil
O tempo escorrega entre as tardes
Corre pelas noites
Salta pelas manhãs
Se esconde na rotina dos dias

Sem  perceber:
Dormi.
Acordei dezoito.
Dormi.
Acordei dezenove
Dormi.
Acordei vinte
Vinte e um...
Vinte e dois...
Vinte e três...

Vês?
Vinte e três!


terça-feira, 19 de outubro de 2010

Um dia SAUDADE

Se saudade é o que se sente
Ao ouvir um som, uma voz, um ruído
Que faça lembrar algo que se perdeu

Se saudade é o que se sente
Ao procurar em fios de memória
Momentos de alegria, lembranças e sorrisos
Já entregues ou vividos

Se saudade é o que se sente
Ao ficar imóvel por tempo interminável
Perdido no vazio de figuras vãs

Sente a saudade?
Sinta-a, toque-a, entregue-se
Conviva com ela como parte de si
ou mate-a a cada dia com a arma (certeira) chamada:
Presente.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Bom é ser criança!!

Entramos na semana intitulada (não sei quando e nem por quem): das crianças.
Período em que a maioria dos adultos (estimativa própria) se "descabelam" com a ideia de comprar presentes para o filho, afilhado, sobrinho, irmão mais novo, agregado, filho mais novo da namorada do irmão do amigo...
Depois de pensar muito nessa questão, fui remetida ao passado. Mais precisamente à minha infância.
Fechei os olhos pra observar crianças descabeladas subindo em árvores, brincadeiras, riso e algumas vezes pranto.
Queimada, pique qualquer coisa, adoleta, comidinha, boneca, jogos de tabuleiro: Grande parte do meu mundo!! Quase minhas obrigações!!
Sonhava ser médica, advogada, professora, astronauta, paquita, conhecer o mundo todo e ainda ter 6 filhos.
E os amigos: uma trupe, quase cúmplices!!
Depois desse "momento nostalgia" tive uma pontinha de inveja das crianças. Afinal, os maiores anseios e preocupações (que também já foram meus e seus) são: ter que lavar a louça depois do almoço, fazer a lição de casa, decidir sem a mamãe a roupinha que vai usar na festinha do coleguinha de classe... Sem nem imaginar o que vem depois!!
E o que vem depois?
Quase sempre incerteza!!
Por justamente não resolvermos as questões infantis, crescemos sem esperar nada do nada e tudo do mundo!!
Bom mesmo é ser criança depois de crescer. Conservar o sorriso, a alegria, a pureza e alguma molecagem.

Me perderia no tempo relembrando versos, fatos e brincadeiras da infância, mas como uma "adulta pueril" tenho que me juntar à massa e me "descabelar" indo à compra dos tais presentes da "semana das crianças".
Tenho filhos, sobrinhos, agregados, afilhados...
E o melhor, o imutável: sou filha, sobrinha, afilhada, agregada...

"Oh! Que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais!"


sábado, 9 de outubro de 2010

Do BLOG

De onde me veio a ideia do blog? Nem sei. Já me fiz a mesma pergunta algumas vezes. Sempre gostei de escrever. Exatamente por achar que conseguiria me expressar melhor na forma escrita. Também não acho que escreva bem. Não, não...!! O que transmito nem sempre sou eu, na maioria das vezes "a ausência de mim" fala mais alto. Queria apenas um lugar para expressar "a minha verdade". Sim, sim!! Existem verdades relativas, absolutas e metade delas. Por vezes exercitamos mais a mentira da mecanização humana, da correria cotidiana, do pensamento materialista e esquecemos da "pura verdade". Tudo o que vem do homem por instinto, involuntariamente: é a verdade humana. Amar, sentir fome, odiar, ter medo... Nessas ocasiões (ainda) conseguimos ser humanos por completo. Podemos fingir (mentir) gostar de alguém, mas não conseguimos evitar o crescimento de uma paixão verdadeira. Justamente por ser instintivamente. Você não escolhe sentir fome...é natural!! A nossa verdade!! Se você estiver buscando encontrar aqui uma grande prosadora ou textos de grandeza semântica e gramatical... Lamento! Pode fechar a página, obrigada pela curiosidade!! Se no entanto, procura praticar a verdade, exercitar o "ser", o estar e o sentir... Seja bem-vindo, este é o lugar perfeito pra você!!

"Nem se escrevem actos, nem os actos deixam letras atrás de si." (Gonçalo Tavares)