quinta-feira, 21 de abril de 2011

DESconstrução

Já quis eu,
Que fosses tu,
A razão de todo verso, métrica, rima e poesia.
Hoje somente, e tão somente, sois
Páginas numeradas,
que pulo, ao ler essa minha biografia.

sábado, 9 de abril de 2011

Carpe Diem

Acordei diferente. Com uma vontade descomunal, súbita e intensa de ser feliz. Não que eu não seja. Sim, sou! 
Mas a felicidade a que me refiro é encontrada nas coisas mais simples e involuntariamente: No piscar dos olhos, que mais parece um encontro amoroso entre os cílios superiores e inferiores; no sorriso de quem amo, que a mim encanta como se fosse a escadaria dos mais lindos palácios.
Quero falar desse lindo sol, que brilha, aquece e degela o coração.
Admirar esse céu infinito e acolhedor, que mais parece uma obra de arte...um derramar de baldes incontáveis de tinta azul-céu-celeste-felicidade.

Ahhh...Essa alegria que me invade é bem maior do que a que sinto ao comprar um sapato novo, uma roupa nova, ou qualquer coisa similar. 
Não falo dessas alegrias inventadas, adquiridas prontas, com valor, sabor e marca.
Falo do que há de melhor em nós, no mundo, na vida...
Nessa minha busca optei pelo diferente, novo e inusitado...
Ao sair da faculdade, pensei..."E se...?"
Mergulhei na indagação de peito aberto e alma livre. Me vi andando, feliz, solta pelas ruas da cidade, rumo à minha casa no Município vizinho.
Ao telefone contei meu feito, ainda em execução, para as amigas mais chegadas..."Louca, Maluca, Doida...", foram os adjetivos usados.
Louca? Por apenas querer fazer o que tenho vontade, sem machucar ou magoar outras pessoas? Louco é quem entra em um lugar destinado à educação ...fere e mata pessoas inocentes.
Maluca? Por andar pelas ruas admirando coisas bonitas ...e simples que talvez não fossem vistas da janela do meu carro ou de um ônibus.
Doida? Só se for pela vida!
Apaixonada por cada suspiro, cada pessoa, gesto ou palavra que cativo...que me cativam...
Andei, ando e andarei quantas vezes quiser...
Com meus pés e um pouco d'água...não há lugar certo ou incerto.
Percorri 11,5 km, em 2 horas e 37 minutos, muito bom para uma sedentária!
E quanto ao que minhas amigas disseram... em uma única coisa todas acertaram... acordei com dores até o último fio castanho de cabelo...
Ainda assim...feliz! 
Essa dor em nada se compara às dores que não se podem sentir fisicamente... às dores de quem vive vazio, sem amor ...sem aventura.
Dores da alma!!


Aproveite o dia!!